terça-feira, 8 de março de 2011

Olho de Hórus


Os Egípcios utilizavam vários amuletos protetores, tanto em vida quanto em suas múmias. Entre os mais antigos encontra-se o Olho Uedjat que já aparece no Império Antigo e é um dos mais comuns em todos os períodos da história egípcia. Ele simbolizava o olho direito do falcão, isto é, Hórus, o qual foi perdido durante a luta com seu tio Seth, que o fracionou em 64 partes.
Entretanto, diz a lenda que o olho foi restaurado por Thoth. Além do olho propriamente dito, desenhado com traços bem marcados, o amuleto representa uma protuberância que reproduz a lágrima que normalmente brilha na face daquela ave de rapina. Podia ser feito em ouro, prata, granito, hematita, cornalina, lápis-lazúli, porcelana, madeira, etc.



Há dois tipos de Uedjats
            • Um que olha para a esquerda
            • Outro que olha para a direita.

Segundo um texto antigo, consta que um Uedjat era branco e outro era preto. Também se interpretava o primeiro como sendo o Sol e o segundo a Lua, ou como sendo Rá e Osíris. De maneira geral, para os egípcios, o amuleto que representava o Olho Uedjat possuia um poder mágico especial e, por isso, aparecia no espólio funerário. Reproduzido em todos os tamanhos, ele veio a ser um simples amuleto disposto sobre a múmia, uma jóia pendente no peito, ou ainda um anel funerário, multiplicado por todos os dedos das mãos, e até nas várias falanges ao mesmo tempo, como foi o caso da múmia do jovem rei Tutankhamon.



Cada um dos elementos do Olho Uedjat, ou seja, a sombrancelha, a pupila, a lágrima, etc... Serviam para formar uma fração do sistema numérico dos egípcios. Todos os pedaços reunidos formavam o Uedjat intacto, o número inteiro, a unidade recuperada e, por efeitos mágicos, o amuleto proporcionava a integridade física e a valentia do corpo. Quando Seth arrancou o Olho de Hórus, jogou-o para a orla do mundo. Nesse instante o céu noturno mergulhou em trevas. Isso simbolizava a fase da Lua Nova, ou seja, a invisibilidade da Lua. O Deus Thoth, protetor de Hórus, saiu á procura do olho e encontrou-o nas trevas exteriores, em pedaços. Essa é a fase do quarto crescente lunar.Trouxe-o de volta, juntou as partes novamente e formou a Lua Cheia, sinal de que tudo estava bem novamente. De acordo com os textos funerários, Toth exclamou:


 
"Vim à procura do Olho de Hórus, de modo que eu possa trazê-lo de volta e contá-lo.
Descobri-o E agora está completo, contado e bem, de modo que possa chamejar e subir ao Céu e golpear acima e abaixo..."

 
 

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