terça-feira, 14 de junho de 2011


Os padres Ernest Alt e Arnold Renz  tinham uma dolorosa e necessária missão a cumprir.  Talvez a simples fé no Cristo não fosse suficiente para levar a cabo a empreitada.  Os padres sabiam muito bem que teriam de ser fortes. E extremamente corajosos. Doravante, era o inimigo do Altíssimo  que teriam de enfrentar e combater.


Anneliese Michel  tinha visões assustadoras de faces demoníacas enquanto, ajoelhada, dedicava uma prece ao Senhor.  Vozes invadiam os seus ouvidos com promessas terríveis: a jovem, distante de qualquer possibilidade de Salvação em Cristo,  queimaria eternamente no Inferno.  Crises de depressões sucediam-se, já que Anneliese, embora profundamente católica via crescer em si uma insuportável intolerância a locais e objetos sagrados.
O que era uma simples conjectura tornou-se, para os pais daquela jovem de apenas vinte e três anos, uma convicção inabalável: a filha estava possuída por forças sobrenaturais malignas.




Anneliese nascera em 1952, na Baviera, recanto alemão de arraigada tradição católica. Por volta dos dezesseis  anos,   desencadeou-se  em Anneliese uma torrente de sintomas  que, ao menos na aparência,  sugeriam problemas mentais.  A Clínica Psiquiátrica de Würzburg chegou a um diagnóstico:  Anneliese padecia de epilepsia associada à esquizofrenia.  Iniciou-se um tratamento intensivo, que durou um ano.  Supostamente  recuperada, Anneliese  completou o segundo grau. Posteriormente, ingressou na  Universidade de Würzburg,  iniciando o curso  de Pedagogia.
Mas os estudos foram interrompidos.  As vozes e visões demoníacas se tornaram cada vez mais constantes e opressoras.  Anneliese assumira  um comportamento agressivo. Consta que a moça  “insultava, espancava e mordia os outros membros da família, além de dormir sempre no chão e se alimentar com moscas e aranhas, chegando a beber da própria urina. Anneliese podia ser ouvida gritando por horas em sua casa, enquanto quebrava crucifixos, destruía imagens de Jesus Cristo e lançava rosários para longe de si. Ela também cometia atos de auto-mutilação, tirava suas roupas e urinava pela casa com freqüência”




Frustrado o tratamento psiquiátrico, os pais de Anneliese buscaram o auxílio da Igreja. O padre Ernest Alt acompanhou o caso.  Em 1974, ele chegou à conclusão de que havia indícios veementes de possessão demoníaca,  o que requereria  a realização de exorcismo.  Mas somente em setembro do ano seguinte o bispo de Wüzburg autorizou o ritual, conforme os procedimentos previstos no Rituale Romano.
Ao longo de 67 seções,  que se prolongaram por longos nove meses, realizadas uma ou duas vezes por semana, os padres Ernest e Arnold pelejaram contra entidades que assumiam a identidade de Lúcifer,  Caim, Judas, Nero, Adolf Hitler e Fleischmann, um bruxo do século XVI. Durante as sessões, Anneliese, muitas vezes,   “tinha que ser segurada por até três homens ou, em algumas ocasiões, acorrentada”.
Argumenta-se que ela “lesionou seriamente os joelhos em virtude das genuflexões compulsivas que realizava durante o exorcismo, aproximadamente quatrocentas em cada sessão”.



Anneliese teria relatado um sonho místico no qual  dialogara com a Virgem Maria.  A mãe de Jesus teria proposto, à jovem,  a seguinte escolha: liberar-se, em proveito próprio,  do terrível jugo demoníaco,  ou continuar imersa no dolososo martírio, mas em nome da fé cristã.  A segunda alternativa seduziu a jovem estudante: ela seria um público exemplo de que os demônios existem e  de que exercem os seus nefandos poderes  no plano terrestre.  Argumenta-se que  “Anneliese optou pelo martírio voluntário, alegando que seu exemplo enquanto possessa serviria de aviso a toda a humanidade de que o demônio existe e que nos ronda a todos, e que trabalhar pela própria salvação deve ser uma meta sempre presente. Ela afirmava que muitas pessoas diziam que Deus está morto, que haviam perdido a fé, então ela, com seu exemplo, lhes mostraria que o demônio age, e independe da fé das pessoas para isso.” 


Anneliese predissera quando se daria a sua libertação: 1 de julho de 1976.  Consta que, à meia-noite, os demônios finamente abandonaram o corpo da estudante, deixando-a em paz e livre das convulsões impingidas durante tantos anos. Exausta, Anneliese adormeceu.  E teve, em seqüência,  uma morte tranqüila. Era o fim de um insuportável suplício.  “A autópsia considerou o seu estado avançado de desnutrição e desidratação como a causa de sua morte por falência múltipla dos órgãos. Nesse dia o seu corpo pesava pouco mais de trinta quilos.”


Segundo Elbson do Carmo, após a morte  de Anneliese,  “seus pais foram indiciados por homicídio culposo e omissão de socorro, e os dois padres exorcistas Ernst Alt e Arnold Renz sofreram as mesmas acusações. Os dois padres foram condenados a seis meses de prisão.”. Registra o mesmo autor que esse fato “chocou a opinião pública alemã, gerando uma enorme polêmica em toda a Europa, que incluiu a Igreja, os meios acadêmicos e a justiça em torno da mesma discussão”. A história de Anneliese deu origem a dois filmes, “Requien” –   produção alemã – e “O Exorcismo de Emily Rose”  – produção norte-americana dirigida por Scott Derrickson.


Anneliese Michel  é, certamente, um dos mais bem documentados casos de distúrbios de comportamento  ao qual se atribui  a ação opressora  e letal  de forças malignas incidente sobre a frágil psique  humana.  E, a considerar o  incontestável rigor que antecede a qualquer autorização da  Igreja Católica para a prática do  Rituale Romano, não se pode pôr em dúvida a materialidade do excêntrico e destrutivo  calvário, ou as implicações  místicas que acompanharam o longo sofrimento da estudante de  Wüzburg. Mas se,  de fato, possessão houve isto compõe uma insondável silhueta  que, por se situar  no campo metafísico,  escapa a qualquer possibilidade de juízo conclusivo.



Abaixo o áudio do Exorcismo de Anneliese Michel:







Fonte : http://livro-dasombras.blogspot.com

terça-feira, 7 de junho de 2011

Pentagrama.


A humanidade sempre teve ao seu redor um mundo de forças e energias ocultas que muitas vezes não conseguia compreender nem identificar. Assim sendo, buscou ao longo dos tempos, proteção a esses perigos ou riscos que faziam parte de seu medo ao desconhecido, surgindo aos poucos muitos objetos, imagens e amuletos, criando-se símbolos nas tradições de cada povo.
O pentagrama está entre os principais e mais conhecidos símbolos, pois possui diversas representações e significados, evoluindo ao longo da história. Passou de um símbolo cristão para a atual referência onipresente entre os neopagãos com vasta profundidade mágica.


O pentagrama é associado geralmente com a forma humana. No entanto, às vezes está associada especificamente com as cinco chagas de Cristo: as suas mãos e pés perfurados, além da punção no seu lado pela lança do soldado. Esse conceito reflecte-se numa imagem do século XVI criada por Valeriano Balzani, no seu Hieroglyphica.

Ocultistas têm associado o pentagrama ás crenças das pessoas:

• A Humanidade ou o corpo humano, representando dois braços não desenhados, os dois pés e a cabeça;
• Os cinco sentidos físicos: visão, audição, tato, cheiro e gosto;
• Os cinco elementos: espírito, fogo, ar, água e terra.

Orientação do Pentagrama

Os grupos ocultos do séc. XIX, tais como o Álvorecer Dourado, defenderam que o pentagrama representou a ligação entre o espírito e os elementos físicos, quando um pentagrama aponta para baixo, representa a descida do espírito à matéria ou que a matéria subsiste o espírito. É através desta interpretação que a religião Wicca adoptou o pentagrama com a ponta para cima e o Satanismo o pentagrama com a ponta para baixo, como seus símbolos representantes.
É iniciação ou profanação; é Lúcifer ou Vesper: é a estrela da manhã ou da noite; é Mary ou Lilith, vitória ou a morte, dia ou noite. O Pentagrama com dois pontos para cima representa Satan como a cabra do Sabbath; quando um ponto está para cima é o sinal do Saviour. Colocando-o de tal maneira que dois dos seus pontos estão para cima e um está para baixo, nós podemos ver os chifres, as orelhas e o barba da cabra hierarquicamente, transformando-se assim em sinal de evocação infernal. (Eliphas Levi, Mágica de Transcend)

A união dos opostos

O pentagrama representa, por vezes, a união dos opostos, expressada geralmente como o macho e a fêmea, a fim gerar um inteiro maior. Por exemplo, os Wiccas vêem, por vezes, o pentagrama como a representação do Triple Goddess (como três dos pontos) e do Horned God (com os dois pontos restantes a representar os seus dois chifres ou as suas naturezas claras e escuras). Cornelius Agrippa fala do número cinco que representa geralmente a união do macho e da fêmea como a soma de dois e de três, como os dois que representam a mãe e os três que representam o pai.



sábado, 4 de junho de 2011

Velas e Seus Significados

A vela é um instrumento simbólico com a finalidade de direcionar pedidos, pensamentos e preces e conectá-los ao plano astral ou às divindades. Porém, para alguns o seu uso funcional é apenas para iluminação de ambientes (principalmente quando a luz acaba).

Muitos rituais empregam o uso de velas, e para serem bem sucedidos algumas medidas de segurança são tomadas contra possíveis acidentes. também devem ser utilizadas velas de qualidade, virgens, ou seja, sem terem sido recicladas. Quando se deseja que o pedido chegue mais rapidamente ao plano astral, recomenda-se um incenso aceso ao lado da vela. Durante o ritual a vela deve arder até o fim, não pode ser apagada. Caso ela não evapore totalmente os seus vestígios devem ser retirados cuidadosamente e jogados em água corrente ou num jardim.

Dependendo do objetivo a ser conquistado podemos encontrar as velas em diferentes formatos, cores, aromas e essências..





Vela Branca



A mais pura das velas, a vela branca é inspiração para o despertar da espiritualidade e a ascensão da consciência. Ligada aos chakras superiores, serve ao despertar da pureza essencial do homem. Proporciona paz, harmonia, equilíbrio e afasta os maus fluídos. A vela branca também representa a mãe, sendo excelente para despertar e fortalecer a imaginação, a criatividade e a fertilidade. Protege as crianças até os oito anos de idade. Reforça os laços familiares, representando a harmonia e pureza no lar. 

Vela Laranja



Esta vela representa o Sol e deve ser utilizada para agradecimento a Deus. Ela incentiva a criatividade, as atividades artísticas e desportivas. E uma revitalizadora de todo o organismo. auxilia em Decisões, adaptabilidade, atração, estímulo. É excelente auxiliar para quem quer receber luz, espiritualizar-se e aumentar seu poder mental.


Vela Vermelha



Esta é uma das velas mais utilizadas em magias ciganas e é a mais ligada à beleza física e à sensualidade. A vela vermelha nos concede autoridade, vitalidade e paixão. Ela nos protege de acidentes e de situações de violência e perigo físico. E a melhor ajuda para a proteção de entes queridos. Ajuda a conectar com o chakra básico e com as forças terrestres. Vela importante quando queremos nos conectar com seres e forças do plano material.

Vela Amarela


É a vela da comunicação. Representa a ordem, o raciocínio e a lógica. Protege especialmente os pulmões e os brônquios, a respiração, o sistema cerebral e suas ramificações nervosas, a língua, os ouvidos, os intestinos, os braços e as mãos. Ela ajuda a vencer a timidez e favorece as relações sociais. Intensifica a memória, a agilidade mental, a eloqüência e a capacidade de entender entrelinhas. 


Vela Rosa



A vela rosa simboliza o amor incondicional e as relações regidas por afeto intenso. esta vela atrai seres e forças ligados a este plano sutil. Provoca a atração e desperta a sensibilidade e os sentimentos nobres e puros. 


Vela Violeta



Violeta é a cor da espiritualidade e a cor de Saint Germain, mestre ascensionado da Chama Violeta que auxilia na queima do karma. Ligada ao chakra do fogo, ajuda na purificação de nosso ser. Ela aumenta a nossa capacidade de sacrifício e a perseverança. Protege os missionários e os imigrantes. 


Vela Verde



Ligada ao chakra Svadhistana, ou seja, o chakra dos desejos, esta vela ajuda na realização de nossos sonhos e metas. E também a vela que desperta a vitalidade e recupera a energia vital, sendo aconselhável acendê-la quando nos sentimos exauridos e esgotados. Também utilizada em ritos para alcançar a fertilidade, a abundância e a fartura. A vela verde está ligada ao mundo material, posto que o verde é a cor da natureza. Ela simboliza a estabilidade, a fidelidade, a constância, a responsabilidade, a perseverança, a longevidade, o êxito na profissão, a sabedoria e a transcendência. 

Vela Preta



A cor preta é uma espécie de esponja que atrai para si praticamente qualquer coisa. Isso também se aplica a roupas. A vela preta deve ser acesa para afastar mau-olhado, limpar a negatividade. Abre os níveis do inconsciente; usado em rituais para induzir um estado de meditação; simboliza a reversão, desdobramento, proteção, libertação, repelindo a magia negra e formas mentais negativas. Atrai a energia de Saturno. Por isso, a vela preta deve ser utilizada somente em rituais esotéricos e por um iniciado, pois ele saberá exatamente que tipo de forças está atraindo.


Vela Azul



Quando azul claro, desperta interiorização, tranqüilidade, paz e harmonização. Abre as portas do mundo oculto, tornando fácil a comunicação astral. Ótima na luta contra o medo. Quando o azul é mais profundo, representa o prazer de viver e tudo aquilo que nos desperta gosto pela vida. Ela estimula a sensualidade, a auto-estima e induz à conquista amorosa.